quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Brasil reciclou 21,7% dos plásticos em 2011

Cresce o porcentual de plástico que após o uso é reciclado no País.

Em 2011, 21,7% dos plásticos pós-consumo foram reciclados, o equivalente a 736 mil toneladas. No ano anterior, o número havia sido de 19,4%. Os dados são de uma pesquisa encomendada pela Plastivida e desenvolvida pela consultoria Maxiquim, de acordo com metodologia do IBGE.

A região que mais reciclou no último ano foi a Sudeste, com 55,5%. Em seguida estão as Regiões Sul, com 27,7%, e Nordeste, com 9,9%. A que menos transformaram o material em outros produtos foram a Norte e a Centro-Oeste, com 1,5% e 5,4%, respectivamente.

De acordo com os resultados da pesquisa, o Brasil ocupa a 10ª posição no ranking mundial em termos de índice de reciclagem dos plásticos pós-consumo.

Os três primeiros da lista são Suécia (35%), Alemanha e Noruega (33%). Apesar da posição no ranking, o Brasil está próximo da média da União Europeia, que é de 24,7%.

Mesmo assim, o País tem capacidade para reciclar mais. Segundo a pesquisa, no ano passado, o índice de reciclagem de material plástico utilizou apenas 63% da capacidade instalada - que é de 1,7 milhão de toneladas. Para os pesquisadores, isso é reflexo da falta de coleta seletiva, já que dos apenas 8% dos municípios brasileiros contam o sistema.

A pesquisa aponta ainda que em 2011, o País registrou 815 empresas recicladoras de plásticos que geraram 22,7 mil empregos diretos. Juntas, essas organizações faturaram cerca de R$ 2,4 bilhões, 23% a mais do que o registrado em 2010.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

População de Belo Horizonte quer sacolas plásticas gratuitas


Pesquisa Vox Populi mostra que 83% são contrários ao pagamento de sacolinhas para transportar suas compras. Além disso, revela que 64% da população de Belo Horizonte (MG) gostariam de transportar suas compras em sacolas plásticas distribuídas gratuitamente pelos supermercados.

A pesquisa revela que 58% dos entrevistados são contrários à retirada das sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais. Metade dos entrevistados (49%) observaram mudanças no seu cotidiano após a retirada das sacolas; nesse contingente de pesquisados, a maior parte (82%) afirma que a retirada das sacolas plásticas trouxe mudanças negativas no seu dia-a-dia.

Para 55% dos entrevistados, os supermercados são os mais beneficiados com a retirada dessas embalagens. O levantamento aponta que 55% da população de Belo Horizonte acreditam que as sacolas plásticas deixaram de ser distribuídas por motivos financeiros.

De acordo com a pesquisa Vox Populi, 97% dos entrevistados nunca ouviram falar de nenhum projeto ambiental desenvolvido pelos supermercados em Belo Horizonte, após a retirada das sacolinhas dos estabelecimentos comerciais.

Quando questionados sobre o descarte da sacola biodegradável, 75% dos entrevistados se dizem desinformados sobre a necessidade de coleta seletiva e de usina de compostagem, para não prejudicar o meio ambiente. Além disso, segundo a Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, não há usinas de compostagem em Belo Horizonte.

Objetivo e metodologia da pesquisa - A pesquisa da Vox Populi, encomendada pela Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, foi realizada entre os dias 14 e 20 de setembro de 2012 e teve como objetivo conhecer a opinião do consumidor belo horizontino sobre a lei que proibiu a distribuição gratuita de sacolas plásticas para os clientes, em vigor desde 2011.

Foram realizadas 604 entrevistas, distribuídas geograficamente na cidade de Belo Horizonte (MG), sendo composta por homens (45%) e mulheres (55%), de diversas faixas etárias (com média de 41 anos), pertencentes a todas as classes econômicas e que costumam fazer compras em estabelecimentos comerciais diversos, mesmo que eventualmente.

A margem de erro para o total da amostra é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos. 68% do público estudado têm renda familiar até cinco salários mínimos (R$ 3.110,00); dentre esses, 30% possuem renda familiar até dois salários mínimos (R$1.244,00).

Entenda a situação em Belo Horizonte – Em 2011, os estabelecimentos comerciais (supermercados, padarias, lojas, drogarias, dentre outros) de BH passaram a cumprir a lei que proibiu a distribuição gratuita de sacolas plásticas para os clientes. Ficou permitida apenas a venda de sacolas chamadas "retornáveis" além de sacolas biodegradáveis. No dia 01 de agosto de 2012, a venda de sacolas "biodegradáveis" foi suspensa pelo Ministério Público, que alegou formação de cartel na venda dessas embalagens, falsificação das sacolas biodegradáveis e a falta de compostagem para essas sacolas.

Matéria publicada pelo jornal Estado de Minas em 24/10/12